{
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}
Você está na campina atrás da casa.
O vento sopra forte e frio neste fim de tarde, movendo seus cabelos e
dificultando sua visão.
Você olha para baixo.
(t8n: "pulse")[No chão,
seu pai,
morto,
sem nada ver,
observa.]
(set: $x to (font: "Tahoma")+(text-colour: #ff0000)+(text-size:3))
Mas o que é você agora?
(click-append: "Mas o que é você agora?")
[
$x[ASSASSINA!
ASSASSINA!!]
]É sua essa voz muda.
É sua a faca. E só agora você a percebe em sua mão como algo separado.
Os dedos doem apertando o cabo com tanta força que couro e pele parecem ter se mesclado.
Quando o velho veio para machucar você, sua mão e a faca tornaram-se um.
E então um homem, o [[Dono do Circo]] que está acampado à beira do rio, aparece ao seu lado. Ignorando o corpo do velho, vira-se para você e diz:
-Você quer ser uma boneca menina?
Sem sequer entender a proposta você decide que [[sim]], pois sua infância já jazia ao lado do corpo do velho e a vingança a esvaziou.
Ou, entendendo em seu íntimo que existem coisas neste mundo que são piores do que a morte você diz [[não]].fundo: https://www.dropbox.com/s/alck1z32z35uv8n/Unseen-Horrors.mp3?dl=1
circense: https://www.dropbox.com/s/pdirstnu0z96e6l/bensound-creepy.mp3?dl=1
atrevido:https://www.dropbox.com/s/gdh1hh3irfut1fu/mystery-box-v-draganov-main-version-00-40-18716.mp3?dl=1
teste: https://www.dropbox.com/s/qocfd6fvgw4tafu/sound-effects-library-apocalypse.mp3?dl=1
dono: https://www.dropbox.com/s/9moc9ygj7528scy/Salakapakka_Sound_System_vs_The_Day_Of_The_Antler_-_03_-_A_Day_So_Dark_So_Warm.mp3?dl=1
coracao: https://www.dropbox.com/s/de5sp8iraayi856/myheart.wav?dl=1
boneca: https://www.dropbox.com/s/9moc9ygj7528scy/Salakapakka_Sound_System_vs_The_Day_Of_The_Antler_-_03_-_A_Day_So_Dark_So_Warm.mp3?dl=1{
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}
É assim que se começa....
Com a [[falta de sentido->A Morte da Infância]]{
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}
-Boa resposta menina. Melhor do que a última! Podemos prosseguir com calma - disse o homem sorrindo com dentes demais. Venha! Minha charrete está ali - apontou-a já se virando e andando rápido.
-Primeiro me ajudará com as compras na cidade e depois vamos para onde nós costumamos acampar quando passamos por essa região.
Como você não se move o homem volta e lhe segura delicadamente a mão e diz aproximando o rosto do seu.
-Nada lhe restou. Nem de bom, nem de mal. Ora essa é a definição das pessoas do Circo! Você já é uma de nós! Nasceu do seu infortúnio, parida no desespero. Nasceu agorinha mesmo. Mas não foi parto natural - acrescentou em tom zombeteiro, apontando para o cadáver, mas você não olha. -Agora vamos! Tenho pressa!
Você se deixa levar, como um brinquedo, com propósito e vontade definidos por outro. Já se sentia a boneca da proposta.
Mas você hesita. Talvez o horror de seu crime, associado com a naturalidade do homem lhe caiam só agora sobre os ombros. Assassina... mas, ainda humana-você pensa e começa a [[correr, fugindo->não]] do homem.
Ou, sem ter outro lugar para ir, você [[aceita->A caminho do Circo]]. Você se deixa levar pelo Dono do Circo.
Você não sabe como aconteceu.
O homem do circo, ainda diante de você ri como se tivesse ouvido uma piada. Quando finalmente se controla ele lhe mostra algo.
Um coração, nas mãos dele.
-Livre arbítrio não existe - as palavras saem finas como lâminas enferrujadas.
-Quando você acordar vai entender...
Um momento obscurecido se passa.
Você agora é uma [[boneca de madeira]]. {
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<img src="https://www.dropbox.com/s/q5bfs51260tkagv/aimee-vogelsang-DbJR10fEteE-unsplash.gif?dl=1" width=300>
A compreensão do que você é agora a faria chorar, mas você não pode, e mesmo se pudesse não choraria.
Você estava vazia antes, atrás da casa, está vazia agora. Gostaria de estar morta, esquecer da cara do velho em sua agonia.
Mas há algo mais que você nota, algo importante. Você não está feliz, mas também não está triste, nem assustada, ou mesmo horrorizada.
Suas emoções se foram. Todas. Arrancadas. Esse é o verbo mais próximo.
Examinando seu peito de madeira percebe uma parte que soa oca, seus dedos articulados trazem um pouco de sangue seco.
-Meu coração - você se ouve falar, com sua voz de sempre, o que não faz sentido.
-[[Seu coração]] - ecoou a voz do homem do Circo. -Essa coisa cruel que lhe feria agora será útil aqui.
Você está presa em uma espécie de grande gaiola para pássaros.
O Dono do Circo olha para cima. Mas, para sua surpresa, cresce de tamanho até seu rosto estar frente a frente com você.
-Abandone toda a esperança vós que entrais aqui - diz de um modo cômico o agora ciclópico homem.
Você percebe que o rosto da coisa é na verdade uma máscara.
Talvez você tente [[tirá-la dele->máscara]] em um rápido movimento de seus braços de madeira.
Ou talvez você queira [[argumentar]] com ele, afinal, com você nesta forma não pe como se fosse possível uma fuga ou pedido de ajuda.{
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}
Súbito, você ouve seu coração.
Mas é estranho.
Uma memória evocada, de um pequeno passado que não durou mais do que um suspiro.
Mãe...{
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}
Você foi ao Circo.
Sem permissão ou dinheiro, foi à noite,
escondendo-se nas sombras.
Você teve a esperança de ve-los treinando seus números
mas percebeu logo que não deu sorte.
Aliás, quando foi mesmo que teve sorte?
As pessoas extenuavam-se com os últimos afazeres de um dia atarefado.
Os poucos animais pareciam miseráveis e subnutridos.
Os funcionários também.
Então diante deles surge O Dono do Circo!
Você só soube disso porque o homem se apresentou. Como um arauto de si mesmo. Com um sorriso predatório disse:
O Dono do Circo está aqui!!
Todos acorreram. E apesar do cansaço em todos os rostos, sorriam mostrando os dentes, como alguém com dores tentando ser simpático. Você não sabe como lhe veio essa ideia à mente, mas você sussurra no escuro.
Esses homens, eles são... é como se eles fossem...
-Felizes? - disse o Dono do Circo.
Em que momento havia se virado? E como parecia estar olhando para você.
Parecia... responder aos seus sussurros que você mesma mal ouviu.
Coração disparado, você fugiu. Como [[agora->A Morte da Infância]]. Você quer fugir.
{
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}A carroça voava em direção ao Circo. O sorriso-máscara do Dono do Circo nunca se disfazia. Será que sua pressa era por precaução? Para não perder sua nova presa?
Você suspira sentindo uma tristeza paralizante invadi-la.
- Esse homem, o velho, esse mundo é dominado por monstros - você conclui silenciosamente.
Quando a bandeira multicor do alto do picadeiro central começa a depontar ao longe O Dono do Circo gargalha, olhando de esguelha para você, de modo predatório.
Você sente seu coração pular. Um suor gelado escorre de sua testa.
Talvez você, em uma tentativa desesperada de resistência aos males do mundo, [[pule da carroça em movimento->salto da carroça]], arriscando ferir-se ou até morrer.
Ou você permanece, pensando que seria uma fuga vã. Não é a própria terra que gera essas aberrações? Não matou a última? Talvez possa matar essa.
"Aquele que passa a vida caçando dragões torna-se dragão."- diz uma voz na sua cabeça.
-Que seja. [[Vamos ao Circo->O Circo]]. - diz para si mesma.
Chegam assim que você encerra este pensamento.[[perseguição na floresta]]
[[uma cabana]]
Esta é uma ficção interativa.
Esta aventura usa o sistema de RPG Lasers & Feelings para alguns testes,portanto é interessante que o leitor conheça o sistema.
Para saber mais sobre o sistema olhe aqui:
<a href="https://movimentorpg.com.br/laser-e-sentimentos
">Lasers e Sentimentos</a>
(dialog: bind $numero, "Por favor, digite o valor do atributo da personagem.", "2", "3", "4", "5")
(set: num-type $PVS to 4)
[[Pode ir, vá vá!->É assim que se começa...]]Double-click this passage to edit it.Double-click this passage to edit it.Double-click this passage to edit it.Double-click this passage to edit it.